10 Hábitos que adquirimos em tempos de pandemia

Nesses 5 meses desde o início da pandemia, conseguimos notar mudanças
significativas nos vários setores da sociedade, em nossos hábitos de vida, na forma
como nos comportamos e provavelmente em qualquer área que pensarmos.
Nem em nossos sonhos mais radicais, conseguiríamos antecipar o impacto do vírus em
nossas rotinas pessoal e profissional. E apesar do imenso desafio, grandes
aprendizados têm sido observados, relatados e divididos de forma a mudar para
sempre nossa forma de agir.
No setor corporativo não é diferente. Da noite para o dia as empresas tiveram que
desocupar espaços físicos e migrar para o ambiente digital sem muito planejamento
ou disponibilidade de recursos. Projetos tiveram que ser repensados e prioridades
redefinidas.
E de maneira impressionante, lideranças e colaboradores tem encontrado formas
criativas para contornar as dificuldades atuais e desenvolver estratégias para o cenário
futuro.
Com certeza muito será dito e vários artigos continuarão a discutir essas mudanças,
mas dentro do que tenho observado, relacionei 10 atitudes ou aprendizados que
devem influenciar nossa rotina profissional daqui para frente:

  1. Senso de urgência – sempre falamos sobre a importância de antecipar e reagir
    rapidamente às mudanças e ter um espírito proativo, mas nunca tivemos um
    momento tão propício para aplicar isso na prática. Quem determina a urgência
    é o mercado. Cabe a empresa determinar a velocidade de resposta.
  2. Balanço entre vida pessoal e profissional – em geral isso era um discurso
    incentivado, mas pouco implementado na maioria das empresas. Hoje fazemos
    reuniões remotas com pets passando na frente da câmera, crianças ao fundo,
    vestidos casualmente (mesmo sem ser “casual Friday”). Fomos convidados a
    entrar no ambiente familiar de nossos colegas e dessa forma enxergar o lado
    humano de cada colaborador.
  3. Compartilhamento de informação – uma empresa pode ser um ambiente
    altamente político onde a troca de informação fica restrita ao interesse de um
    grupo. Com o senso de reponsabilidade coletiva pela busca de soluções,
    transparência e rapidez são essenciais para garantir a sobrevivência da
    organização.
  4. Discurso sustentável na prática – questões que serviam de pauta para
    relatórios de investidores e visão de futuro como sustentabilidade,
    responsabilidade social e inclusão digital; tornaram-se cases de sucesso em
    questão de dias com empresas modificando linhas de produção para fazer
    álcool gel, infraestrutura digital remota sendo implementada em questão de

horas para transferir equipes inteiras de atendimento e projetos sociais para
atender comunidades carentes sendo desenvolvidos em questão de dias.

  1. Parcerias público-privadas – com a pressão por soluções rápidas e efetivas, os
    mundos acadêmico, governamental e corporativo encontraram formas de se
    comunicar e perceber a incrível sinergia entre as competências de cada setor
    na criação de projetos que visassem o bem comum.
  2. Desmistificando inovação – como já dizia Platão, a necessidade é a mãe da
    invenção. São inúmeros os cases de startups, pequenas empresas ou grandes
    corporações desenvolvendo soluções criativas para minimizar os impactos ou
    desafiar modelos. Inovação não é um departamento ou um valor
    organizacional. Ela é um mindset a ser aplicado sem barreiras em todas as
    áreas do negócio.
  3. Escutando o cliente – falamos muito em empatia e colocar-se no lugar do
    cliente. De repente nos tornamos os clientes das soluções que estamos
    desenvolvendo seja como seres humanos ameaçados pela doença, como
    consumidores tendo que mudar hábitos ou profissionais revendo modelos.
    Nunca estivemos tão conectados com as emoções que tentamos compreender
    ao construir a jornada de nossos consumidores.
  4. Repensando nossos papeis – o ambiente corporativo por mais dinâmico que
    seja, nos impõem rotinas e compartimentaliza funções. Quando nos
    percebemos impossibilitados de realizar nosso trabalho dentro do modelo
    estabelecido, temos a chance de repensar nossa contribuição em outras áreas.
    O vendedor que não pode visitar o cliente, tem nesse momento uma chance de
    entender os desafios desse público e ajudar na busca por alternativas que
    podem gerar novos produtos ou serviços.
  5. Redefinindo produtividade – pense em uma reunião apenas com as pessoas
    necessárias, com tempo definido para acabar e onde cada um prepara o seu
    café. Bem-vindo a plataformas digitais. Mais do que transformarmos o que
    fazíamos presencialmente em modelos remotos, é a chance de revermos o
    modelo como um todo.
  6. Propósito organizacional – amplamente antecipado como uma tendência para
    o futuro, o propósito da organização e sua responsabilidade social, tornaram-se
    repentinamente o maior fator de reputação de marca. Entre as marcas líderes
    no Brasil em reputação, é clara a presença daquelas que tem se mobilizado
    para oferecer soluções durante a crise.

Nunca palavras como resiliência, aprendizado constante e reinvenção foram tão
pertinentes e aplicáveis à realidade. Dizíamos que planejar era como dirigir um veículo
olhando pelo espelho retrovisor.

Hoje olhamos para o futuro com muito menos informação do que isso. Assim,
criatividade e colaboração serão nossos guias para sairmos desse momento, com
certeza mais conscientes de nossas limitações como seres humanos mas também
orgulhosos de nosso infinito poder de se reinventar.

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